A opção pela arte como atividade de vida é a consciente aceitação da dinâmica
de criar e produzir, tornar visível e assumir a responsabilidade de seus
desdobramentos e descontroles para além da porta do atelier. Para Leila, a
pintura tem um espaço alargado em seu fazer, mas várias questões convivem
em seu pensar. São expressões que precisam de outros meios para existirem;
assemblagens, objetos e os bordados. São consequências do processo mental
e, natural é a necessidade da existência real do produto artístico. Ao mesmo
tempo que acontece a pintura – em sua quadratura – sente os volumes e
texturas no entorno, que pedem atenção a todo momento: corpo, móveis,
livros, tessituras, objetos e a natureza além das janelas – o convívio humano.
Sua práxis mescla olhares em muitas variações de pesquisa que contam sobre
suas memórias do passado em meio a natureza e do que é visto e vivido no
convívio urbano. A identidade do ser e suas ações na sociedade a conduzem
na série têxtil no coletivo Bordaduras, na coordenação do coletivo Bordas e em
projetos sociais de arte.