Onel Miguel nasceu na cidade de Pinar del Rio, Cuba no 06/12/1985. Em 2004 se formou de Bacharel em Humanas-Instrutor de artes plásticas na Escuela de Instructores de Artes, já no ano 2010 obteve diploma de Licenciado em  Educação- instructor de artes plásticas na Universidad De Ciencias Pedagogicas Rafael Maria de Mendive na cidade de Pinar del Rio. Desde o ano 2001 começou a fazer trabalho voluntario como professor de pintura, desenho e papier maché no Projeto Cultural Comunitário el Patio de Pelegrín onde depois formou
parte do grupo gestor. Dentre 2008 e 2012 foi ministrar aulas de artesanato na Venezuela em comunidades carentes de Caracas Cidade Capital. Em 2016 em razão de um convite de Juan Carlos
Rodriguez diretor da instituição, foi trabalhar no Museo de Arte Contemporânea de Pinar del Rio MAPRI como especialista de acervo. A par manteve a sua produção artística ativa participando de diversos salões conquistando vários prêmios. No ano 2017 veio morar para o Brasil residindo primeiro no interior do Estado Amazonas nas comunidades ribeirinhas (Maraã, Tefe) recebendo a bagagem das culturas e povos originários. Em 2019 viajou para o estado de Santa Catariana onde reside atualmente e desenvolve seu trabalho de pesquisa e criação artística.  
Sou peregrino neste mundo, mas sou parte de uma historia ainda em construção. Quando nascemos já temos raiz e essência que é o que nos torna inigualáveis, e dependendo dos nossos frutos é o legado que deixamos. Tudo gira entorno à semente que plantamos.   
Acredito no poder das memorias e tudo o que elas carregam, elas são as bases do que vivemos hoje e viveremos amanhã. Eu as vejo como alianças que fazemos ao longo das nossas vidas e algumas delas precisam ser quebradas para podermos
continuar. 

Eu tenho um dom e um chamado, a pintura é o meu ritual. Nele a vida é uma encenação e eu vou pintando instantes, situações próprias e alheias. Em ocasiões me sinto um instrumento usado para transmitir uma mensagem. Tenho a certeza de que estou sendo observado, medido e avaliado.
A minha pesquisa vem das memorias e do agora, da solidão, do coletivo, da semeadura e da colheita, da construção e
desconstrução da realidade, do material à espiritualidade. A atitude perante a vida define o nosso propósito. 

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